Eu sei que esse é o nome de uma música, a maioria não sabe, já que é uma música da Lindsay Lohan. Mas não é sobre a música que eu gostaria de escrever. Só o título dela tem haver com o que eu quero dizer.
Eu só uso o título da música porque me identifico com ele nesse momento. Muita gente sequer vai entender o que escrevo, outras acharão absurdo que eu esteja como estou. Mas é verdade que meu coração anda partido. E não é de hoje, na verdade.
Eu fico pensando em o quão fortes ou fracos podemos ser, ou que às vezes, pra alguns, nossa força possa ser justamente nossa fraqueza. Tem quem nos ache fracos só porque não falamos o que pensamos e evitamos brigas, mas tem os que nos ache forte demais por isso.
Vivo uma situação onde me sinto como o porto seguro de alguém(s), porém em contra partida eu sinto que me falta o meu. É terrivelmente doloroso ver alguém que você ama, ou gosta de verdade que seja, descontar todos os seus problemas em você. Imaginem só viver com alguém que costuma despejar todas as frustrações, dores e dissabores em você, mas não te fazendo de confessionário, onde ela chora as mágoas, te fala os segredos e dores mais íntimas, mas sim um saco de pancadas, onde cada vez que essa pessoa se aborrece, ela desconta de verdade em você. Se ela está aborrecido com os pais, com a vida, com a própria saúde, é sempre você que é xingado, que é pisado e às vezes humilhado e descartado como nada. E onde o pior disso tudo é que a culpa é sua, sua de se dedicar demais a alguém e não exigir que a pessoa se dedique a você, você por ter sempre aceitado que a pessoa descontasse em você as mágoas e não as compartilhasse com você. E como dizer pra essa pessoa que basta? Que você cansou de apanhar sem nenhum motivo, veja bem que aqui o apanhar não é fisicamente, porque muitas vezes a pessoa nem perto fisicamente de você está.
Como explicar pra essa pessoa que você ama que você quer sim estar ao lado dela (mais uma vez não necessariamente fisicamente), que você está ali pra apoiá-la, ampará-la nas quedas e que quer continuar sendo pra ela um porto seguro, mas que está cansado de simplesmente carregar o mundo do outro nas costas, pois até quando você é amável, essa pessoa te trata mal? E pior ainda, quando você se aborrece com a situação, essa pessoa tenta reverter a situação e age como se você tivesse tratado ela mal desde o início e você – sem saber sequer o porquê – sente-se culpado por tratar quem você ama daquele jeito, como fazer a pessoa entender que você algumas vezes também pode precisar do apoio dela e que ela também seja pra você o que você é para ela?
É tudo muito complicado, minha fuga é e sempre será escrever, nada além de escrever, pois as palavras escritas podem ser lidas e relidas até que sejam compreendidas, porém escritas com muita calma, em um momento de calmaria, porque até mesmo as palavras escritas, se em um momento de briga, elas podem machucar e serem tão mal compreendidas quanto se fossem faladas.
É por isso que demorei mais ainda pra finalizar a “segunda” postagem do que a primeira. Para que todas as palavras fossem escritas com a calma de um sábio para que pudessem ser lidas e interpretadas como tal.
Hoje fico por aqui, peço desculpas pela extensão das minhas palavras, mas não creio que pudesse ser diferente. E as pessoas às quais me refiro possam não só se identificar, mas também compreender que eu não reclamo de ser alguém importante para elas a ponto de elas confidenciarem as suas dores a mim, pelo contrário, acho isso muito bom. No entanto, gostaria muito que fossem sempre confidências, conversas améns. E não um monte de palavras doloridas tacadas em cima de mim a esmo, quando nem mesmo sei o porquê de ser tratada assim.
Aos que lerem, muito obrigada, aos que não lerem, espero que não seja sobre você.
Xoxo... Daiana.