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terça-feira, 25 de agosto de 2009

Everyday is exactly the same...

Pra variar um pouco, eu e as músicas que me inspiram. Bem, pra quem não conhece a música, eu aconselho. Ela é do Nine Inch Nails e foi tema do filme "Wanted ( O procurado)".

Mas o que essa música tem haver comigo? Se o blog é pra que desabafar. Eu sempre escrevo coisas sobre o que penso, mas sempre tentando manter a crônica nas postagens. Hoje eu vou só desabafar mesmo... Sabe quando você se sente extremamente preso a uma coisa? Eu me sinto assim no momento. Sinto que já não sou eu mesma faz tempo. Hoje me sinto presa a tudo. Presa ao trabalho, presa a minha família, presa, presa e presa. Algumas vezes sentir-se preso é bom. Eu me sinto, prazerosamente, presa aos meus amigos e ao meu namorado, mas ao mesmo tempo sinto que todas as minhas relações poderiam ser um pouco melhores. Como diz o título da música, "todo dia é exatamente o mesmo". E é assim que eu me sinto. Tenho que levantar toda manhã, ir pra faculdade (tudo bem que já não vou a mais de uma semana O.o), depois ir pra um trabalho onde não me sinto reconhecida e recompensada. Um trabalho que já não sinto nenhum prazer em fazê-lo. Daí eu volto pra casa, ou quando não vou trabalhar ou estudar, aí vem o pequeno inferno no paraíso. A casa que deveria ser meu recanto, meu refúgio acaba se tornando um campo de batalha... Meus irmãos não me respeitam, meus pais me acham chata, eu tento ser sempre centrada e responsável, mas sempre serei criticada. Até porquê, quem quer uma burra velha de 23 (quase 24) anos em casa? Eu nunca fui de baladas, sempre fui de preferir ficar em casa, lendo ou no computador. Daí minha única distração do dia é a internet, o lugar onde falo com meus amigos, onde converso com o meu amor - ele mora em outro estado, é isso mesmo. Pra piorar tudo eu ainda arrumo de me apaixonar por alguém de longe - e daí começa um outro pequeno tormento. O lugar que eu uso pra fugir a cada dia me traz mais problemas. São discussões com o namorado por questões sem valor, qualquer coisa é motivo de desentendimento. São os amigos que mudaram, ou será que fui eu quem mudei? Já não tenho os mesmos interesses que a maioria, me sinto cada dia mais isolada, não tenho vontade de falar com quase ninguém. Com excessão de uns poucos, acho que dá pra contar nos dedos quantas pessoas ainda me fazem realmente bem e que dispertam meu interesse.
No fim eu vejo que é tudo culpa minha... Eu que não tento o suficiente. A rotina é algo cansativo e desanimador, porém eu não deveria deixar-me abater por ela. As aulas deveriam ser um prazer pra mim, e de fato o são, mas preciso reencontrar esse prazer. O trabalho deveria me importar e estressar menos e se já não me sinto bem, deveria eu tomar uma providência pra que isso mude. O meu grande problema com a minha família, mais do que o abuso dos meus irmãos e o (meio) descaso dos meus pais, é o fato que eu não sei ver algo errado e calar. Eu prezo demais a família e não gosto de ver meus irmãos fazendo o que não devem, agindo da forma errada. Eu tenho que aprender a ficar simplesmente calada, cada um sabe o que faz, meus irmãos já não são crianças. O mais novo já tem 17, o do meio 20. Independe de mim o bem estar deles, devo deixá-los seguir o caminho deles, errarem e quebrarem a cara, porque é tentando protegê-los que quebro eu a cara e ouço o já clássico "Vai a m**** garota, não F***. Tu é muito chata!" =(
É... Me tornei a chata. O lance agora é não mais me importar.
Quanto ao meu "refúgio". Bem, quanto a esse eu devo tomar decisões radicais. Primeiro de tudo eu devo aprender a deixar pra lá, toda a distância do meu namorado acaba criando uma constante tensão entre nós dois. Se eu quero mesmo que um dia dê certo, e eu acredito que vai dar, tenho que simplesmente calar. Não é questão de ser servil ou submissa, mas sim uma questão de evitar esquentar a cabeça. Simples assim... Se um dia nos encontrarmos - e vamos -, nós conversamos e fazemos dar certo de verdade, porque eu já não tenho mais idade pra ilusões virtuais. Por mais que eu tenha me apaixonado, esse é um erro que com certeza eu jamais cometerei novamente. Não que meu namoro na essência seja um erro, um erro é como as coisas se desenvolveram.
Em relação aos meus amigos as coisas ficam um pouco mais complicadas. Afinal, amigos são sempre benvindos. Mas é um fato que se já não temos tantas coisas em comum primeiro deverei conversar e ver onde chegamos. Eu sou mais deixar pra lá do que manter algo que pode, futuramente, ser classificado como falso. Ainda tem sim uma meia dúzia, de fato nem chega a tanto, que me trazem sempre sorrisos e vontade de ficar um pouquinho mais. Mas até com esses eu terei que entrar em um acordo quanto determinadas coisas.
Enfim... Esse foi o meu maior desabafo dentre todos as postagens até agora. Todos os outros foram meticulosamente escritos e demorei até dias pra que eles ficassem prontos. Esse aqui, são apenas palavras jogadas ao vento. Não espero que leiam, não espero que comentem (claro que se o fizerem ficarei muito feliz! =D), a verdade é que eu só queria mesmo uma coisa. DESABAFAR. E mais um dia, rotina aí vou eu. Por mais que eu tente, a mudança não vem de pronto. E por mais um tempo eu ainda vou dizer, e cantar, "Everyday is exactly the same"!

Um comentário:

Anônimo disse...

Caraa.parece que de um certo modo você me entende,porque tipo,eu vivo nessa merda de rotina tbm,mais de outro lado sou um pouco diferente por ser a mais nova,mais tambem sou cobrada por varias coisas pelos minhas irmãs,mais tambem minha vida toda me mantive sempre calada,sempre fiquei mais em casa do que fazer coisas que sei que meninas da minha idade fazem,como sair,ficar louca seila,viver intensamente a vida,e eu fiquei aqui em casa muuitas vezes calada vendo as merdas que minhas irmãs fazem,vendo escolhar ridulas delas,até fui julgada muuita das vezes.É dificil ser tipo a diferente da casa,mais sabe de um certo modo me vejo bem porque me tornei a melhor amiga da minha mãe varias das vezes!